Depois da paralisação dos professores da rede estadual de ensino, que já dura 46 dias sem acordo, foi decretada oficialmente a greve dos docentes da rede particular a partir da próxima terça–feira ( 29).
A decisão pela paralisação foi tomada após assembleia realizada na manhã desta sexta-feira (25), no auditório do Colégio 2 de Julho, no Garcia.
De acordo com Cristina Souto, diretora Sindicato dos Professores Particulares (Sinpro), o que motivou o colegiado a se reunir em assembleia e deflagrar a greve, foi a intransigência do Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino do Estado da Bahia (Sinepe), em relação a pauta de reivindicações. Segundo ela, nos últimos encontros com representantes das escolas nenhum acordo foi firmado com a categoria.
Na próxima segunda-feira (28), os docentes paralisarão as atividades o dia inteiro para sancionar a mesa de negociações que acontecerá à tarde na sede do sinepe, no bairro da Pituba.
Um dos entraves na negociação refere-se ao percentual de aumento pedido pelos professores que é de 10% de ganho real mais 4,88% de correção da inflação pelo Indice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). Porém, os empresários ofereceram reajuste de 5%, ganho real de 0,12% , e ignoraram o restante da pauta de 58 reivindicações, que inclui pedidos em relação à saúde, segurança entre outros.
Os docentes já vinham realizando paralisações diárias de 50 minutos durante o período das aulas há sete dias, de acordo com Souto. Cerca de 20 escolas aderiram ao movimento de greve.
De acordo com Natálio Dantas, presidente do Sinepe, desde abril, oito rodadas de negociações foram realizadas entre a categoria sem nenhum acordo. “Não podemos oferecer mais que 5%, mas estamos abertos a diálogos desde que a greve seja suspensa”, justificou. Ao todo são 220 escolas particulares em todo estado.
Pauta de reivindicações – Entre outras reivindicações estão, pagamento da hora-extra com valor proporcional a 150% do valor da aula-normal, adicional por qualificação profissional e pesquisa indenização caso ocorra dispensa durante o ano letivo, remuneração pelo trabalho de preparação e correção das avaliações de segunda chamada, em 75% do valor cobrado pelo estabelecimento.