Economia - Cuidado na hora de adquirir imóveis no Leilão
Os leilões de imóveis têm sido muito procurados por quem deseja realizar o sonho da casa própria. Um grande atrativo são os descontos nas unidades que podem chegar a 50%, mas é preciso muita atenção na hora de adquirir um imóvel, pois pode ser também o começo de muita dor de cabeça.
A palavra chave para evitar os aborrecimentos é atenção. É o que afirma o assessor jurídico da Associação Brasileira de Mutuários da Habitação, ABMH, Carlos Alberto Borges. “As pessoas que participam de leilões precisam tomar algumas precauções. Primeiro verificar se o imóvel encontra-se ocupado.
Em 90% dos casos há pessoas morando e o ônus de retirá-las fica a cargo do novo adquirente do imóvel”, alerta. Ele revela que a ação de emissão de posse na Justiça pode durar até um ano. “São custos que pesam no bolso depois da compra”, cita.
Outro ponto que ele avisa envolve as custas envolvendo tributos e taxas condominiais. “Tenho um cliente que comprou um imóvel de dois quartos por R$ 60 mil e teve de pagar o condomínio atrasado do antigo proprietário que dava um total de R$ 20 mil. O ex-dono estava sendo acionado pelo condomínio em função das dívidas e o novo comprador teve de quitá-las”, chama atenção.
Borges aconselha precaução. “É preciso estar atento a estes pontos. Se o mutuário pretende sair livremente do imóvel, há ex-mutuários que optam por entrar na Justiça com ações para tentar anular o leilão e isso gera transtornos para o novo proprietário”, observa.
“A inadimplência nos contratos firmados até 2004 é maior, uma vez que eram feitos pelo plano de equivalência salarial. Havia descompasso gigantesco entre os índices praticados, o que resultou em inadimplência”, informa.
Borges lembra que a Associação Brasileira de Mutuários da Habitação oferece serviços de consultoria jurídica gratuita para o aconselhamento de mutuários antes e depois de comprar os imóveis via leilão. “Nós oferecemos o serviço de modo a esclarecer dúvidas e auxiliar os compradores. As pessoas podem ligar nos telefones 71 3450-0056 ou 71 3450-8012. Temos também uma página na internet no endereço eletrônico www.abmh.org.br”, cita.
Publicada: 04/05/2012 00:05| Atualizada: 03/05/2012 23:50
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