Feira incentiva a adoção de cães e gatos
Bóris é um lindo labrador que sofreu com o abandono e passou por maus bocados até se recuperar totalmente. Foi encontrado, amarrado a um poste, com muitas marcas de crueldade e com uma anemia profunda, mas agora está vermifugado e vacinado, pronto para encontrar um lar de verdade. Com aproximadamente 10 meses, ele é muito brincalhão e dócil com as pessoas.
Após contar as histórias de abandono e de como os animais foram encontrados e estão agora, os voluntários que trabalham na Associação Brasileira de Proteção Animal (ABPA-BA) iniciam a entrevista com os interessados na adoção de cães e gatos.
Eles também cadastram as pessoas que queiram castrar seus animais a baixo custo em clínicas de excelente qualidade conveniadas com a ABPA-BA. O valor da castração é de R$60 para machos e R$80 para fêmeas.
Neste domingo (02), foi realizada mais uma feira de adoção na Praça Ana Lucia Magalhães, no fim de linha da Pituba, onde 12 cães e 11 gatos estavam disponíveis para a adoção.
Segundo a presidente da ABPA, Celina Veiga, o abrigo da instituição está superlotado. Lá existem cerca de 550 cães.
"Por conta da superlotação, não estamos mais fazendo o resgate de animais abandonados nas ruas. Como todo o trabalho é voluntário, e o abrigo sobrevive de doações, estamos passando por dificuldades. Por isso, lançamos o 'Projeto Amigo 10', que visa angariar fundos para manter os animais", disse ela.
Os interessados em ajudar firmam um compromisso de doar R$10 por mês para a manutenção do Abrigo São Francisco.
Adoção
Durante a feira, neste domingo, vários animais foram adotados. A procura maior era por cães do que por gatos.
O advogado André Brandão e sua esposa Admil se encantaram e terminaram adotando dois cães. André contou que até fevereiro deste ano tinham um cachorro que era muito querido por eles. “Ele morreu e sentimos muito a falta dele. Resolvemos adotar um, mas, ao chegar aqui, me interessei pelos dois animais, que são irmãos. Como tenho bastante espaço, em vez de um, levo dois”, disse o advogado.
Para adotar um animal, o interessado é entrevistado e faz uma contribuição de R$40, para a associação.
O que fica evidente no ato de adoção são a compaixão e o respeito pelos animais por parte de quem adota. A maioria deles precisa ser vermifugada, vacinada e tratada, para curar as doenças adquiridas nas ruas.
De acordo com a Sociedade União Internacional Protetora dos Animais (Suipa), muitos animais são comprados por impulso e depois abandonados ou deixados no abrigo por motivos como mudança de endereço, gravidez das responsáveis por eles, crias indesejadas, orientação médica, separação de casal ou mesmo desemprego.
Alguns donos chegam a levar os animais para o abrigo dizendo ter acabado de salvá-los das ruas. Assim que deixam o lugar, os bichinhos uivam e choram, esperando pela volta dos que eram seus donos. Alguns deles, segundo a Suipa, deixam de comer e morrem de tristeza.
Saiba mais em: www.tribunadabahia.com.br