Greve está marcada para esta quarta (23) - Rodoviários Salvador
A segunda reunião entre representantes do Sindicato dos Rodoviários (Sintroba) e Sindicato das Empresas de Transporte (Setps), realizada nesta segunda-feira (21), terminou sem acordo. Esta foi a 13ª rodada de negociação entre os dois grupos, a segunda mediada pelo Ministério Público do Trabalho (MPT).
De acordo com a assessoria de comunicação do órgão, apesar dos rodoviários e dos empresários apresentaram propostas durante o encontro, não houve avanços. Com o final da reunião, o presidente do Sintroba recebeu uma liminar obtida pelas empresas de transporte que determina a manuntenção de uma frota mínima de 40% durante a greve, que deve começar a partir da meia-noite desta quarta-feira (23).
Ainda de acordo com a notificação, o percentual de ônibus circulando pela capital baiana deve aumentar para 60% nos horários de pico, a fim de atender a demanda da população.
“Com a entrada do poder Judiciário na questão, a negociação no MPT foi suspensa e deverá seguir no Tribunal Regional do Trabalho”, explica o procurador Pedro Lino de Carvalho Júnior, que atuou como mediador nesse caso. Uma nova reunião foi marcada para as 16h desta terça-feira (22), na sede do TRT. “Agora, cabe à Justiça conduzir a mediação para obter um acordo”, avalia o procurador.
Entre as reivindicações dos rodoviários está um reajuste salarial de 13,80% - que corresponde à inflação do período calculada pelo DIEESE (5,37%) mais 8% de ganho real, quinquênio - assim como o fim da terceirização do serviço e a redução da jornada de trabalho de sete para seis horas. Já os empresários propuseram pagar o reajuste salarial, com base no INPC, mas só a partir de setembro. Eles também não aceitaram retomar o pagamento de quinquênio.
A reunião entre as categorias intermediada pelo TRT marcada para amanhã (22) é considerada decisiva para que o movimento grevista não se realize. Uma nova assembleia do sindicato dos rodoviários também está marcada para esta terça (22), véspera da data prevista para o início da greve, e depende das propostas apresentadas pelo patronato na reunião com o TRT para que a greve não aconteça.