Guias e Monitores do Carnaval promovem inclusão de turistas portadores de deficiência auditiva na folia
Quando foi informada que iria supervisionar uma equipe de 10 monitores composta de um intérprete de libras e um portador de deficiência auditiva, Daniela Matos, acreditava que se tratasse de um luxo. Mas no dia a dia do plantão no posto de atendimento do aeroporto de Salvador, ela se surpreendeu com a demanda do serviço.
Tirar a pessoa com deficiência do processo de invisibilidade social foi um dos objetivos que levou o programa Guias e Monitores do Carnaval a contratar, desde o ano passado, quatro profissionais fluentes em Libras – a Língua Brasileira de Sinais. Em 2012 o programa foi ampliado e aprimorado: conta com seis intérpretes falantes e outros seis surdos. E além das Libras, o projeto incorporou pessoas fluentes em línguas de sinais internacionais.
Segundo Gustavo Gusmão, embora não ouçam os surdos gostam do Carnaval para sentir o trepidar dos trios elétricos. “O Carnaval é um espaço de socialização, e nós queremos ter o direito de frequentar estes espaços”, explica Gusmão, cuja mulher, Priscila Alencar Ferreira, 24, também é surda e atende como monitora na rodoviária de Salvador em parceria com a intérprete Vanderlita Gomes, 36.
Publicada: 18/02/2012 17:58| Atualizada: 18/02/2012 17:47
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