Política - Advogados de réus ligados a Valério dizem que clientes não conheciam ilícitos

08/08/2012 10:54

 

 

A segunda sessão dedicada à defesa dos réus do mensalão diante do Supremo Tribunal Federal (STF) aconteceu nesta teça-feira (7). Os advogados tentaram provar que seus clientes não têm ligação com o suposto esquema de compra de votos denunciado pelo Ministério Público.

Primeiro falou o advogado Castellar Modesto Guimarães Filho, que defende o publicitário Cristiano Paz. Para a defesa, ele só é um réu no processo do mensalão porque foi sócio de Marcos Valério, apontado pelas denúncias como o operador do esquema. "É preciso que se comprove que alguém cometeu com seu ato um crime".

Paz é acusado de formação de quadrilha, corrupção ativa, peculato, evasão de divisas e lavagem de dinheiro.

Defesa minimiza
O advogado de Simone Vasconcelos também minimizou a influência de sua cliente, diretora financeira da agência SMP&B, no caso. A defesa sustentou que Vasconcelos nunca teve autonomia financeira, trabalhava em um ponto inferior da agência e de carteira assinada. Segundo o defensor Leonardo Yarochewsky, "até para comprar bala" Vasconcelos e a subordinada Geize Dias, também ré, precisavam de autorização.

Geiza era gerente financeira da agência. Segundo o advogado Paulo Sérgio Abreu e Silva, a cliente apenas obedecia ordens e era somente uma "batedeira de cheques".

"Ela está me ouvindo agora, deve estar até me vendo e vai me perdoar. Ela era uma funcionária mequetrefe. Geiza cumpria ordens, trabalhava no terceiro ou quarto escalão", disse.

Presidente do Banco Rural
A defesa de Kátia Rabello, então presidente do Banco Rural e atualmente acionista, também negou que a cliente tenha responsabilidade pelos empréstimos que foram autorizados para o PT e a SMP&B. O banco teria sido uma peça determinante no esquema.

O ex-ministro José Carlos Dias, advogado de Rabello, atribui a responsabilidade pelo empréstimos ao presidente que antecedeu sua cliente, que morreu em um acidente de carro em 2004.

Em momento de descontração, o advogado Yarochewsky citou a novela "Avenida Brasil". "É bonito esse negócio de falar de bando, de quadrilha, até na novela das oito a Carminha disse que ia processar a Rita por formação de quadrilha", disse, fazendo a platéia rir. Para ele, a denúncia do Ministério Público Federal foi baseada em manchetes da imprensa.

07.08.2012 | Atualizado em 07.08.2012 - 21:22

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