Política - Corregedora reconhece morosidade
O problema da superlotação carcerária e da lentidão da Justiça em sentenciar presos provisórios à espera de julgamento foi reconhecido ontem pela corregedora Nacional de Justiça, ministra Eliana Calmon. Em sua edição de ontem, a Tribuna denunciou com exclusividade que do total de 15.124 em delegacias e presídios da Bahia, 64% deles não foram julgados.
"Realmente temos um grande número de processos esperando julgamento e um dos problemas (disso) é a questão carcerária”, disse a ministra, que esteve em Salvador para proferir palestra “A Constituição Federal, Poder Judiciário e o Conselho Nacional de Justiça”, promovida pela Associação dos Magistrados da Bahia (Amab).
Além de reconhecer que o problema preocupa, a ministra disse que é personagem da morosidade do Judiciário. O inventário do pai de Eliana Calmon demorou sete anos para ser concluído. “Se a Justiça não for rápida, não tem presídio que dê conta”, afirmou. A magistrada relatou que em São Paulo e Minas Gerais a situação também é crítica. “Em Belo Horizonte, há 4 mil processos esperando julgamento”.
A ministra manifestou preocupação também com o volume de processos na corregedoria Nacional de Justiça, mas assegurou o cumprimento da Lei de Acesso a Informação (12.527) na divulgação dos ganhos de magistrados. Ela contou que o sistema de informática está pronto, faltando algumas adaptações nos modelos dos judiciários estaduais. Os dados serão tornados públicos no dia 20.
Publicada: 07/07/2012 06:07| Atualizada: 07/07/2012 06:05
Adriano Villela REPÓRTERAdriano Villela REPÓRTER
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