Política - Democratas quer manter ganho da poupança para saldo até R$ 30 mil
O Democratas apresentou uma emenda para a medida provisória (MP) que foi editada na semana passada modificando os ganhos da poupança. Segundo informou o partido nesta quarta-feira, o objetivo é garantir que poupadores com saldo de até R$ 30 mil tenham os rendimentos preservados nos moldes atuais - 6,17% ao ano mais Taxa Referencial (TR).
Em comunicado o partido afirma que "acredita que o pequeno poupador, que optou pela caderneta mesmo quando a remuneração era bem inferior às modalidades concorrentes, como fundos de renda fixa e outros, não pode ser penalizado e equiparado aos grandes investidores do mercado financeiro".
Segundo o Democratas, dos atuais 97 milhões de contas ativas da caderneta de poupança, 65 milhões delas têm saldo inferior a R$ 500. O partido afirma ainda que mais de 95% dos poupadores têm saldo até R$ 30 mil.
Com a emenda, os demais poupadores passariam a ter a nova remuneração de 70% da Selic mais TR, quando a taxa básica de juros for igual ou inferior a 8,5% ao ano.
Oposição
Nesta segunda-feira, a oposição já havia informado que pretendia apresentar até esta quinta-feira emendas ao texto da MP. Segundo o líder do PSDB no Senado, Álvaro Dias (PR), os oposicionistas acreditam ser possível aumentar os ganhos da poupança mesmo diminuindo juros. "Vamos tentar apresentar um substitutivo mudando a alternativa para a redução de juros no país. Em vez de reduzir o ganho da poupança, nós queremos aumentar o ganho. Aumentar o ganho do trabalhador, por meio do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador), e reduzir as taxas privilegiadas que atendem a grandes empresários como empreiteiros de obras públicas e frigoríficos", disse.
O líder do PSDB, no entanto, reconheceu que a oposição não tem número de parlamentares suficiente para garantir a aprovação da emenda e nem para obstruir a sessão de votação se ela for rejeitada pelos governistas.
A MP foi editada pelo governo na última semana e modificou o cálculo para reduzir a remuneração da caderneta de poupança. Pelas novas regras, a correção da poupança será equivalente a 70% da taxa de juros básica da economia, a Selic, quando a taxa for, no máximo, 8,5% ao ano. Como atualmente a Selic está em 9% ao ano, continua prevalecendo a regra atual que remunera a caderneta de poupança: 6,17% ao ano mais Taxa de Referência (TR).
Com informações da Agência Brasil
Leia mais em www.terra.com.br