Política - João se lança para 2014 e descarta ficar inelegível

19/04/2012 11:13

 

Faltando nove meses para se despedir do comando do Palácio Thomé de Souza, o prefeito João Henrique (PP), apesar das avaliações negativas, demonstra entusiasmo ao falar da administração municipal. Em entrevista ao programa Balanço Geral, da TV Itapoan, ontem, o alcaide deixou claro que ainda tem ânimo para encarar desafios maiores e não teme dificuldades, em relação ao seu futuro político, que depende da aprovação das contas da gestão pela Câmara de Vereadores. 

Ele enfatizou a tarefa “complexa” de administrar Salvador, uma das capitais com menor arrecadação do país, destacando que na prática seria até mesmo mais “difícil” do que gerir o Estado. Confiante, João disse que não ficará inelegível e frisou que pode entrar na disputa para as eleições ao governo em 2014.

“Foi comprovado que não houve ma-fé, dolo ou irresponsabilidade. Aquele que está com medo de competir com João Henrique em 2014 pode ficar com medo. Não vou ficar inelegível!”, prometeu, destacando que não houve negligência em relação às contas da prefeitura. No papel de defensor de sua própria gestão, ele destacou “realizações” e culpou a Justiça e o Ministério Público Estadual de ter atrapalhado a execução de alguns projetos.   


Com demonstrações de quem não quer “sair por baixo” da gestão municipal, João Henrique falou de antigos projetos, a exemplo da Linha Viva e Avenida Atlântica, vias paralelas à Avenida Paralela para melhorarem o trânsito. A ideia das avenidas compõe o projeto Capital Mundial, lançado em janeiro de 2010, que projetava a Salvador do futuro. Na época, João disse que as 20 ideias iriam “projetar a Salvador do futuro”. 

 Segundo ele, a interferência do Ministério Público Estadual (MPE) contribuiu para não realização, já que o processo foi suspenso, com alegações ambientais. Os órgãos exigiram o licenciamento ambiental e a delimitação do Parque Ambiental do Vale Encantado antes de a via começar a ser construída. O discurso de proximidade com a população de baixa renda da cidade também foi usado. Segundo ele, durante esses oito anos, sua prioridade foi administrar para os mais carentes.

“Eu administrei para a Salvador mais pobre. O resto não precisa. O rico tem plano de saúde e escola particular. Eu sofro um preconceito das elites”. O sonho de ser governador da Bahia foi citado pelo prefeito. Conforme disse, a capital baiana tem muitas demandas e responsabilidades que exigem bastante do gestor.

“No caso de Salvador, inexplicavelmente, até uma compra de flores é responsabilidade do prefeito. Isso é um absurdo. Hoje, administrar Salvador é muito mais difícil e complexo do que administrar o estado. Ser prefeito é muito mais difícil que ser o governador da Bahia”.

Publicada: 19/04/2012 01:10| Atualizada: 19/04/2012 01:07 

Lílian Machado REPÓRTER

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