21/05/2012 12:17

Embora o anúncio do PSDB de apoio ao DEM, mesmo em ambiente de divisão interna no tucanato, apresente a expectativa de novos rumos para os partidos que compõem o bloco de oposição, nada mudou nos planos do PMDB. No partido, a decisão é pela manutenção da pré-candidatura do ex-prefeito e âncora da Rádio Metrópole, Mário Kertész.
Em conversa com a Tribuna ontem, o próprio Kertész garantiu que permanece no páreo e afirmou que empreenderá esforços para atrair o apoio do ex-prefeito e deputado federal Antonio Imbassahy (PSDB), que segundo especulações cogita sair do ninho tucano por estar insatisfeito com a decisão dos aliados de fechar a aliança em favor da pré-candidatura de ACM Neto (DEM).
“Não existe novidade. Minha pré-candidatura está firme e forte. Tem gente que diz que não, mas estamos trabalhando”, disse.
Questionado sobre uma suposta aliança com o PCdoB que tem como pré-candidata a prefeitura deSalvador a deputada federal Alice Portugal, Kertész ressaltou: “Eu não tenho composição nenhuma para fazer com ninguém. O PMDB vai ter candidato próprio e eu serei candidato”, enfatizou.
O apresentador da Rádio Metrópole criticou ainda o posicionamento do PSDB estadual de “desrespeito” à opinião do diretório municipal e do pré-candidato a prefeito, Imbassahy.
“Estou conversando com Imbassahy, que não está satisfeito com o PSDB, mas é um nome importante e pode apoiar uma candidatura. Eu gostaria muito de tê-lo comigo. O que fizeram com ele foi um absurdo, uma falta de respeito. Foi um estupro. Tudo negado. Da mesma forma que ACM Neto me disse que não era candidato a prefeito”, lembrou.
Liderança peemedebista na Bahia, o ex-ministro Geddel Vieira Lima também disse que o PMDB permanece na disputa em Salvador. “Mário Kertész é o nosso candidato”, ressaltou. Segundo ele, o partido tem buscado costurar novos apoios. “Só não somos governo, portanto, não temos nada para oferecer.
O governo vai tentar cooptar mais gente a base de cargos e de espaços”, alfinetou. Geddel reconheceu que fracassou o projeto de unidade das oposições, mas segundo ele, o momento atual de se olhar para frente.
“Nós tínhamos um projeto que não deu certo. “Se não podemos sair com o ideal vamos fazer com o que é possível”, afirmou. Ele associou a aliança entre o PSDB e o DEM, a articulação entre as lideranças nacionais. “É absolutamente natural que troquem esse apoio de São Paulo por Salvador, mas nossa tese é diferente.
Lílian Machado e Osvaldo Lyra
Publicada: 21/05/2012 00:36| Atualizada: 21/05/2012 00:24
Leia mais em www.tribunadabahia.com.br
Imagens do www.google.com.br