Política - Senador Vital do Rêgo aceita presidir CPI do caso Cachoeira
O senador Vital do Rêgo (PMDB-PB) aceitou o convite do PMDB, partido que tem a maior bancada, para assumir a presidência da CPI do Cachoeira. Ele aguarda a indicação, pelo PT na Câmara, de um nome para a relatoria da comissão para traçar um plano de trabalho.
A CPI, criada com o apoio de 65% dos deputados e quase 90% dos senadores, vai investigar os negócios ilícitos do contraventor Carlinhos Cachoeira com agentes públicos e privados.
Os líderes partidários têm até a próxima terça-feira para indicar os nomes dos 15 deputados e 15 senadores titulares e igual número de suplentes.
Segundo Rêgo, a instalação oficial da comissão e a escolha do relator serão fundamentais para a definição dos primeiros passos da investigação parlamentar.
"Eu fui indicado pelo partido, mas ainda preciso ser eleito pela comissão. Eu estou recolhendo os nomes, a composição final será na terça-feira [24]. Meu ponto de partida será a escolha do relator. Vou discutir com ele o modelo de formatação [do trabalho]. Aí vamos definir o roteiro", disse.
De acordo com Vital, a ementa de criação da CPI é "muito ampla" por incluir como base de investigação as operações Vegas e Monte Carlo, da Polícia Federal. As duas operações tratam da máfia de jogos ilegais, como o do bicho e caça-níqueis, da qual Cachoeira é acusado de ser o controlador.
"Primeiro temos que saber o que foi apurado nisso [nas duas operações]. A partir daí vamos estudar tudo o que já foi investigado e ver o que precisa ser aprofundado", disse o senador sem adiantar se as gravações telefônicas feitas pela PF serão solicitadas.
Rêgo chegou a ser indicado pelo PMDB para ser o presidente do Conselho de Ética quando foi apresentada representação contra o senador Demóstenes Torres (sem partido-GO), parlamentar envolvido com Cachoeira.
Por já ocupar o cargo de corregedor da Casa, no entanto, o senador não pode assumir o cargo. Demóstenes também será investigado pela Corregedoria. Agora, Rêgo garante que não há incompatibilidade.
"Eu não pude no Conselho de Ética porque já sou corregedor, já tenho uma função e havia uma incompatibilidade funcional. Agora não tem esse problema porque a comissão mista de inquérito é outro fórum", explicou.
Publicada: 20/04/2012 13:40| Atualizada: 20/04/2012 13:38
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